segunda-feira, 11 de julho de 2016



"Quem diria... que um dia
Entre você e sua apatia
Eu escolheria me amar
Pois todas as coisas
dentro de mim, 
São grandes demais
para explicar
Transborda pelo olhos,
pelos poros, pela alma
Sou livre
Sou poesia
Sou borboleta na ventania
Pairando a beira do precipício,
Sem medo de desabar..."

Ana Paula Tomé 

terça-feira, 12 de abril de 2016



"Que a minha loucura seja perdoada
Pois metade de mim é amor
E a outra metade também."

 (Oswaldo Montenegro)

terça-feira, 22 de março de 2016

Queridos amigos, compartilhando com vocês o poema publicado no Livro Poetize 2016, Concurso Nacional - Novos Poetas - Antologia Poética.
Estou muito feliz com a participação e a oportunidade de mostrar o meu trabalho literário.




Morar no seu útero


Eu queria morar no seu útero, que por ventura me haveria de ser pura inspiração, e poder conceber os mais lindos versos.
No seu ventre me contaminar de você, no breu e na quietude ser feto do seu mais puro amor.
 Me inspirar todos os dias sem medo de um aborto espontâneo, onde você pudesse perder todas as minhas palavras, todos os nossos segredos.
Nadaria em sua placenta um nado belo e ornamentado só para te fazer cócegas, só para te fazer rir.
E pela manhã cantaria baixinho uma linda canção, apenas para te despertar das delícias noturnas que te roubam de mim.
Eu e minhas ideias malucas, desejos tórridos e faceiros, sou uma eterna apaixonada por histórias impossíveis. Adoro te provocar, brincar com a poesia.
Eu desafio meus instintos, essa verve exagerada me faz desabrochar tudo que anseio junto a ti.
Com você vivo em plena sintonia, sou de verdade, sou mais que a metade, sou sua costela mesmo sabendo que você jamais seria Adão.  
Eu resgato você de onde estiver e mudo todos os seus conceitos sobre o amor.
Eu gosto é da ousadia, de imaginar como seria, mesmo que tudo isso seja uma grande bobagem ou fruto da minha imaginação.
Eu queria mesmo era morar no seu útero, mas como você não tem um, eu me contento em morar nas suas mais doces lembranças de nós dois...


Ana Paula Tomé 


Obrigada por ler!






segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Escolha

Seja canto que encanta
Seja uma boa lembrança
Seja flor do dia, brisa fresca e alegria
Seja doce poesia
Seja boa fé que ilumina, que realiza
Seja o voo mais bonito
Seja os braços do infinito
Ser, não é opção, é escolha
Quiçá, sejas a lagarta
Prefira ser a borboleta
Seja pessoa eleita
Seja a escolha perfeita
Seja amor...

domingo, 10 de janeiro de 2016

Dentro do meu peito 


Existe um mundo separado dentro do meu peito.
Eu vivo imersa nele para não sofrer com o horror que vejo do lado de fora.
Como se nada fizesse sentido, e as pessoas estivessem tentando encontrá-lo.
Somente pela busca de uma falsa felicidade.

E o canto do bem-te-vi em minha janela pela manhã, me faz lembrar porque estou aqui.
É vida que pulsa, que chora por um pouco de paz, uma alma que vez em quando sente saudades da morada do Pai.
Saudades de deitar na relva, de correr descalça, de banho de chuva.

E o meu erro foi perder um pouco dessa doçura, desse encanto de um coração sonhador.
Virei meus olhos para um mundo que desconhecia...
Cheia de explicações esdrúxulas eu tentava me enganar.
E algumas vezes, fui contra meus princípios tentando me encaixar em algum lugar.
E pude ver que, só fiz alimentar a maldade em nome do meu egoísmo...


Ana Paula Tomé




domingo, 13 de dezembro de 2015

Escrevo para viver 


Escrever é desaguar o desespero em folhas brancas
É esquecer das dores do mundo e colocar no papel as nossas
Escrever nos torna um pouco egoístas, pois queremos que todos
entendam a poesia embrulhada, amassada, distorcida
Que entendam nossas frustrações, nossos sonhos, desejos e esperanças


Escrever é para passar o tempo ou ao menos tentar não pensar nele
É sentir, mesmo que distante, um pouco da pessoa amada
É colocar para fora sensações que vem da alma, imaginação incansável,
insistente, que não para de latejar


Escrevo porque amo, e para não enlouquecer
Escrevo porque me engano, porque não posso me esconder
Escrevo de saudade e de angústia não morrer
Escrevo pois essa é a cura de todo meu entorpecer...


Ana Paula Tomé


À pergunta habitual: "Por que é que escreve?", a resposta do poeta será sempre
a mais curta: "Para viver melhor."

(Saint-Jonh Perse)